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Esta semana o Sapo, mais concretamente, os Labs do Sapo organizaram uma conferência na Universidade de Aveiro sobre usabilidade. Como já se devem ter apercebido, esta é uma área que me interessa, e portanto fui lá (entrada livre, ainda por cima... :) ).
Foi mais interessante e produtiva do que estava à espera para um evento de entrada livre, e que durava apenas uma tarde. Vou destacar três das apresentações.
A primeira da tarde foi feita por Henning Fischer, estratega de design da empresa americana Adaptive Path, que se dedica a consultoria de design, criando experiências, e a partir daí produtos, e não ao contrário. A apresentação, "Stop designing products" não trouxe nada de revolucionário em si mesma, mas a forma como se organizam ideias, e como se abordam os problemas abre inúmeras portas. Neste caso, a ideia é projectar experiências para o utilizador, e partir daí para a implementação, em vez do processo contrário, que resulta muitas vezes em produtos pouco amados pelos utilizadores.
Outra apresentação que destaco foi a de Ivo Gomes, consultor de usabilidade. Veio falar sobre a importância e oportunidades criadas pela prototipagem de interfaces de software em papel (slides aqui). Mais uma vez não foi novidade para mim, é algo que já fiz, mas os exemplos concretos de metodologias e aplicações serviram como modelo para melhorar os meus próximos protótipos, e a forma como os irei utilizar.
Finalmente destaco o Pedro Custódio, do Sapo, e a sua apresentação. O Pedro em particular, porque a sua queda acrobática (e concerteza dolorosa) não só representou o momento mais animado da tarde (cambada de sádicos... :) ), como mostrou ali mesmo, algo que por várias vezes me ia também atirando para o chão, a má usabilidade das escadas daquele anfiteatro. Devia ser obrigatória uma disciplina de usabilidade nos cursos de arquitectura (e não só por escadas...). A sua apresentação (disponível aqui), debruçou-se sobre a integração da usabilidade num projecto de desenvolvimento, como elemento de qualidade do mesmo. Muito útil para quem está a começar nesta área, como é o meu caso.
Finalmente uma palavra para a localização. Para mim que sou da zona de Aveiro, foi excelente ter ali um evento deste tipo. Ocorreu ali como sequência do laboratório Sapo/UA inaugurado no mesmo dia, mas de qualquer forma, obrigado ao .
Como preâmbulo do próximo post, e já que é frequente as pessoas fazerem um olhar extremamente espantado quando uso esta palavra, vou tentar explicar.
De uma forma muito simples, poderei dizer que a usabilidade refere-se a quão fácil e agradável é a utilização de um produto para um utilizador sem conhecimentos específicos sobre esse mesmo produto. Sendo que o produto pode ser um site de internet, uma aplicação de software, um telemóvel, um microondas... seja o que fôr. Vejam aqui o artigo da wikipédia sobre usabilidade.
O Bruno Nogueira, que provavelmente também nunca ouviu falar nesta palavra, fez um excelente vídeo, que já aqui mostrei no blog, que mostra as consequências de produtos com má usabilidade. E são este tipo de frustrações que podem fazer de um produto tecnicamente excelente, num desastre do ponto de vista dos utilizadores. E apesar de ninguém querer que isto aconteça, há quem pense que um produto vive das suas funcionalidades, e não dos seus utilizadores...